Seguidores

Páginas

sexta-feira, 14 de março de 2008

LIÇÃO 11

TEMA – Jesus Cristo: Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus

LIÇÃO 11 – A MORTE VICÁRIA DE JESUS

A morte de Jesus é o ponto culminante do Seu ministério terreno, o momento de Sua vitória sobre o pecado e a morte.

INTRODUÇÃO

- Jesus veio ao mundo para morrer em nosso lugar (Mt.20:28; Jo.12:27; Hb.10:5-10) e, assim, pagar o preço dos nossos pecados, resgatando-nos para o Pai. A morte de Jesus, portanto, é a própria razão de ser de Seu ministério terreno.

- No entanto, não são poucos os que procuram negar esta verdade bíblica. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos (a religião que mais cresce no mundo na atualidade), é peremptório ao afirmar que Jesus não morreu. Segundo os islâmicos, Jesus não morreu, mas, em Seu lugar, foi crucificado um sósia. Vemos, pois, que tal afirmativa, sem qualquer sentido ou respaldo, tem sido objeto de crença por um número cada vez maior de pessoas, que, impregnados pela “operação do erro” (II Ts.2:11), cada vez mais atuante em nosso mundo, esforça-se por negar a realidade do fato que representou a vitória de Jesus sobre o pecado e a morte. Como, ante as evidências das Escrituras, crer numa história como de um sósia sendo crucificado em lugar de Jesus?

OBS: Reproduzimos o trecho do Alcorão que apresenta esta idéia absurda: “Então amaldiçoamo-los(…) por seu dito: ‘Por certo, matamos o Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.’ Ora, eles não mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discrepam a seu respeito estão em dúvida acerca disso…” (4:155,157).

- Negar a morte de Jesus ou menosprezar o seu valor é mais uma das artimanhas do inimigo nestes dias difíceis, querendo, assim, enganar os homens e impedi-los de alcançar a salvação, pois não há perdão dos pecados se não se crer na obra redentora de Cristo no Calvário.

I – A MORTE DE JESUS TIPIFICADA E PREDITA NO ANTIGO TESTAMENTO

- A morte de Jesus, como ponto culminante do processo da salvação, foi, assim como a própria salvação, sendo revelada progressivamente por Deus ao longo da história da humanidade, como nos mostram as Escrituras Sagradas. Pouco a pouco, por intermédio da revelação.

- É elucidativo que a primeira oferta registrada na Bíblia de que Deus tenha Se agradado tenha sido, precisamente, a oferta dos primogênitos das ovelhas e de sua gordura por Abel (Gn.4:4). Entendem muitos estudiosos que o fato de Abel ter sacrificado animais, efetuando derramamento de sangue, como reconhecimento de que era indigno de se apresentar diante de Deus, que merecia, pois, a morte e, tal qual Deus fizera com o animal que fornecera a túnica a seus pais, era necessário matar-se alguém em substituição para que se chegar à presença do Senhor, foi o motivo pelo qual Deus Se agradou da oferta de Abel, que, por este reconhecimento, foi considerado justo pelo próprio Jesus (Mt.23:35).

- Com Abraão, não foi diferente. Além do patriarca oferecer sacrifícios continuamente a Deus, ao longo de sua vida, um episódio de extrema relevância em sua vida lhe permitiu ver, por antecipação, o significado da redenção na pessoa de Jesus Cristo. Quando foi oferecer seu filho Isaque, seguindo a determinação divina, foi o rapaz poupado e substituído por um carneiro (Gn.22:12,13). Nesta oportunidade, como nos dá conta o Senhor Jesus, Abraão se alegrou por ter visto, por antecipação, a redenção da humanidade pelo cordeiro substituto (Jo.8:56).

- Quando Israel é libertado do Egito, surge outra figura da morte de Jesus, a saber, a instituição da Páscoa, a mais solene das festividades do calendário israelita e que indicava o início do chamado “ano religioso” (Ex.12:2). A Páscoa era a figura mais proeminente da morte de Jesus, tendo servido de seu prenúncio desde então até o dia mesmo da prisão do Senhor, que se deu no dia anterior à mesma (Lc.22:15).

A palavra “Páscoa” significa “passagem”, pois se lembrava que os primogênitos de Israel foram poupados porque, ao ver o sangue do cordeiro na verga da porta, o anjo da morte “passou” sobre a casa dos israelitas, sem retirar a vida do primogênito que ali se encontrava (Ex.12:12,13).

O cordeiro imaculado, macho de um ano, é símbolo de Jesus que, já no dia seguinte ao Seu batismo, foi apontado por João Batista como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). O próprio Jesus mostrou ser “cordeiro de um ano”, quando, na sinagoga de Nazaré, logo após ter sido tentado pelo diabo no deserto, veio anunciar “o ano aceitável do Senhor” (Lc.4:19

- Verificado que o cordeiro pascal nenhuma mancha tinha, na tarde do dia quatorze, deveria ser sacrificado (Ex.12:6). Flávio Josefo, o grande historiador judeu, informa-nos que este sacrifício se dava entre as três e cinco horas da tarde, o que é mais uma demonstração de que apontava para a morte de Jesus, pois, como informa a Bíblia, Jesus morreu por volta da hora nona, ou seja, três horas da tarde (Mt.27:46; Mc.15:34; Lc.23:44), devendo ter sido retirado da cruz por volta das cinco horas da tarde, já no término do dia, que era o da preparação da páscoa (Jo.19:38-42).

- Em seguida, o sangue do cordeiro deveria ser aspergido na verga e nas umbreiras das portas, nas casas dos israelitas, para que o anjo da morte passasse sobre a casa e não ferisse o primogênito (Ex.12:7). O sangue de Jesus foi derramado para que pudéssemos passar da morte para a vida (Jo.5:24), para que, antes longe de Deus, pudéssemos chegar perto dEle (Ef.2:13) e toda vez que houver acusação contra nós, Deus vê o sangue de Jesus em nós (que são as casas – Hb.3:6) e, por isso, não somos dEle separados, mas mantidos em comunhão com o Senhor. Aleluia!

- Eis o motivo pelo qual, já na época dos reis e dos profetas literários, o Senhor repreende severamente os israelitas, dizendo abominar os seus sacrifícios, uma vez que eles não vinham acompanhados de um reconhecimento de culpa e da condição de pecadores, onde a morte da vítima havia se tornado apenas um ritual, sem qualquer arrependimento, sem que a pessoa demonstrasse sua justiça reconhecendo que deveria ser ela o ser a morrer e não o animal que a estava ali substituindo (Pv.21:27; Is.1:11-18; Jr.6:19,20; Am.7:12,21-25).

- O Salmo 22, de autoria de Davi, foi, inclusive, recitado pelo Senhor na cruz, como prova cabal de que ali se tinha o seu cumprimento.

- Neste salmo, há uma descrição nítida da crucifixão de Jesus. Ele é apontado não mais como homem, mas como verme, tamanho o desprezo e a afronta que está a sofrer. É deixado abandonado por causa da Sua confiança em Deus. A descrição dos sofrimentos mostra-nos claramente a forma da morte, ou seja, a morte por crucifixão, pois é falado em desconjuntar de ossos(Sl.22:14), ainda que nenhum deles tenha sido quebrado (Sl.22:17

- No capítulo 53 de Isaías, certamente um dos textos mais conhecidos da Bíblia, o profeta também dá riqueza de pormenores sobre a morte de Jesus. Após indagar quem havia dado crédito à pregação do Servo do Senhor, apresenta-O sem parecer nem formosura, fala que está Ele desprezado e tornado o mais indigno entre os homens (Is.53:3).

- Vemos, pois, que, no Antigo Testamento, é evidente a mensagem de que o perdão dos pecados se dava pela morte de alguém no lugar do pecador, que sem o derramamento de sangue não haveria como se dar o perdão dos pecados.

II – A MORTE DE JESUS ANUNCIADA E OCORRIDA NO SEU MINISTÉRIO TERRENO

- Pelo que vemos dos Evangelhos, Jesus passou a falar a respeito de Sua morte vicária, ou seja, de que deveria morrer no lugar dos pecadores, tornando realidade aquilo que os animais apenas simbolizavam, depois que Pedro teve a revelação do Pai de que Jesus era o Filho de Deus vivo (Mt.16:21).

- Muitos chegam a pôr em dúvida que Jesus tivesse falado aos discípulos a respeito de Sua morte, argumentando que, em algumas passagens dos Evangelhos, é dito que os discípulos, apesar de tais afirmações do Senhor, não compreenderam o que havia sido dito (Lc.9:45), tanto que entraram em profunda depressão espiritual logo após a morte de Jesus.

- Entretanto, estes argumentos não merecem crédito. Por primeiro, a Bíblia nos mostra que Jesus realmente falou a respeito dos discípulos a respeito de Sua morte durante o Seu ministério (Mt.17:22,23; Mc.8:31; 9:31; 10:33; Lc.9:44).

- Por segundo, temos que os discípulos, como os judeus até o dia de hoje, não aceitavam a idéia de um Messias sofredor, que viesse a morrer. Para eles, o Messias era o libertador de Israel, um guerreiro vitorioso, que mataria os inimigos e não que seria morto por eles. A rejeição a esta idéia é tanta que nos chamados “cânticos do Servo”, passagens do profeta Isaías a respeito do “Servo do Senhor”, os comentários feitos pelos escribas em aramaico (os chamados “Targuns”), continham expressões e ensinamentos em que os sofrimentos mencionados nas referidas passagens eram transferidos aos inimigos de Israel, numa clara distorção do texto sagrado.

- Assim, o fato de os discípulos não entenderem o que Jesus lhes dizia estava vinculada a esta idéia arraigada que tinham de que o Messias era um vencedor, o Rei de Israel, de modo que a não compreensão dos discípulos era fruto da sua incredulidade, de sua recusa em abandonar os ensinamentos tradicionais pelo que Jesus lhes dizia

- A Bíblia, que é a verdade, mostra claramente que os discípulos não entenderam o que Jesus lhes disse, mas também faz questão de mostrar que Jesus sempre declarou aos Seus discípulos que haveria de morrer e de ressuscitar. Não é sem propósito que, na cruz, uma das palavras que a multidão mais repetia em seus desafios e impropérios era o dito de Jesus de que, em três dias, derribaria e reconstruiria o templo (Mc.15:29,30), palavras que, só depois, os discípulos souberam que se referia à Sua morte e ressurreição (Jo.2:20,21).

- Este ponto também demonstra a falsidade da chamada “teoria da fatalidade”, segundo a qual, a morte de Jesus foi um “acidente de percurso”, um revés na trajetória do Senhor. A morte é a própria razão de ser da vinda do Senhor (Jo.12:27), de modo que não tem qualquer cabimento achar-se que a oposição ao ministério de Jesus que levou-O à morte tivesse sido imprevista, um “erro de cálculo”.

Não, não e não! A morte de Jesus era prevista pelo Senhor, que Se entregou por nós, por nos amar e querer a nossa salvação (Jo.10:17,18).

- Mas Jesus não apenas disse que iria morrer, como efetivamente morreu. Os Evangelhos são unânimes ao afirmar que Jesus morreu (Mt.27:50; Mc.15:37; Lc.23:46; Jo.19:30). João, que estava ao pé da cruz, diz que os soldados viram a Jesus morto, razão pela qual não quebraram as Suas pernas (Jo.19:33).

- Tanto Jesus estava morto que os sacerdotes tomaram precaução com relação ao Seu corpo, pondo uma guarda que ficasse em frente do sepulcro durante três dias, para impedir que Seu corpo fosse retirado e, assim, se dissesse que havia se cumprido a Sua palavra de que ressuscitaria ao terceiro dia (Mt.27:64-66).

O sepulcro foi, então, fechado com uma pedra, que foi selada.

- A morte de Jesus foi sempre o tema da pregação dos apóstolos. No dia de Pentecostes, Pedro foi incisivo ao dizer que Jesus havia sido crucificado e morto pelas mãos dos injustos (At.2:23). Se Jesus não tivesse morrido, faria sentido a Pedro dizer estas palavras? Se Jesus não tivesse morrido, por que não dizê-lo, inclusive para provar que os intentos dos judeus, há apenas 50 dias antes, não havia sido exitoso.

- O apóstolo Paulo, também, afirmou que o centro de sua pregação era “Cristo e este crucificado” (I Co.2:2) e, mais, que “Jesus morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras e que foi sepultado” (I Co.15:3b-4a). Tais palavras de Paulo são confirmadas pela boca insuspeita de Festo, procurador da Judéia, que dizia que a contenda que havia entre Paulo e os seus inimigos judeus era a respeito de “um tal Jesus, defunto, que Paulo afirmava viver” (At.25:19).

- Na ilha de Patmos, mesmo aparecendo em glória a João, o Senhor Jesus não deixou de reafirmar a realidade de Sua morte, ao Se apresentar como “o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre” (Ap.1:18). Não há, pois, como se dizer que Jesus não morreu.

- Mas, além dos islâmicos, também surgiu a chamada “teoria de Caxemira”, tese apresentada pelo escritor esotérico e ufólogo espanhol Andreas Faber-Kaiser (1944-1994), que, em seu livro “Jesus viveu e morreu na Caxemira”, defendeu a idéia de que Jesus não morreu na cruz, fugiu para Caxemira, região situada na fronteira entre Índia e Paquistão (que é alvo de disputa entre os dois países), onde teria tido uma idade avançada e tido filhos e netos. Faber-Kaiser “prova” seus argumentos pelo fato de que Jesus seria jovem e, portanto, algumas horas de tortura seriam incapazes de causar a Sua morte, tendo, então, sido “tratado” na “gruta de José de Arimatéia”, se recuperado e fugido para Caxemira, onde “já teria vivido dos 13 aos 30 anos”. Por isso, há na capital de Caxemira, Srinagar, até hoje, a veneração de Rozabal, “o túmulo do Profeta”, como sendo o túmulo de Jesus.

- Como se não bastasse, como considerar este tratamento de Jesus pelos discípulos se havia a soldadesca romana a guardar o sepulcro, cuja pedra estava selada? E como se divulgou, logo ao terceiro dia, a mentira dos judeus sobre o furto do corpo de Jesus, se Ele teria apenas fugido algum tempo depois, quando teria Se recuperado dos ferimentos?

- Por fim, a teoria se alicerça no fato de que Jesus teria estado na Índia em Sua adolescência, o que, na lição 4, já vimos não ter o menor cabimento.

E, ademais, o fato de se identificar o profeta do túmulo com Jesus não é prova alguma de que fosse Jesus este profeta, mas tão somente que eventual veneração antiga na região tenha sido assimilada posteriormente, quando a Caxemira se islamizou por volta do século XIV. Aliás, o escrito mais antigo que diz que o túmulo era o de Jesus é de um historiador oriental, do ano de 962, quando a região já estava sob o domínio de um ramo hinduísta conhecido como “shaivismo de Caxemira”, que dá grande ênfase ao monasticismo. A propósito, esta “teoria” é defendida por uma seita muçulmana da região, os “ahmadiya”, que, inclusive, por defenderem que Jesus morreu e foi enterrado em Caxemira não são considerados muçulmanos pelo governo paquistanês.

III – O SIGNIFICADO DA MORTE DE JESUS

- É elucidativo que, vindo Jesus para ser batizado por João no rio Jordão, como nos mostram as Escrituras, o Senhor tenha sido apontado pelo profeta como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). O anúncio de João, antes mesmo que o Senhor iniciasse qualquer pregação, em tudo concorda com o objetivo prioritário da missão de Cristo sobre a face da Terra, que havia sido reafirmada pelo próprio Senhor instantes antes da encarnação (Hb.10:5-9).

OBS: “…Em outras palavras, Deus passou por cima dos pecados, não os julgando de um modo final no tempo em que eles foram perdoados. Tal procedimento, é óbvio, seria um tratamento muito injusto se aqueles pecados não fossem no devido tempo trazidos a juízo. Todos os pecados da era mosaica foram mostrados como ‘cobertos’ mas não ‘tirados’. Em contraste com este procedimento temporário, todo pecado que Deus perdoa foi e é agora ‘tirado’.…” (CHAFER, Lewis S. Expiação. In: Teologia sistemática, t.4, v.7, p.129)

- Vemos, portanto, que, embora não haja a palavra “expiação” no texto do Novo Testamento, a realização da expiação é um dos pontos centrais da mensagem neotestamentária. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é Aquele que morre em lugar da humanidade para permitir a restauração da comunhão com Deus, o que é sintetizado pelo termo “reconciliação”,

OBS: O termo “reconciliação” é encontrado apenas uma vez na Versão Almeida Revista e Corrigida no Antigo Testamento (II Cr.30:18), fazendo parte da expressão “faça reconciliação”, mas que é o mesmo termo hebraico “kāphar”, que melhor seria traduzido como “expiação” ou “perdão”, como, aliás, foi traduzido na Versão Almeida Revista e Atualizada e na Nova Versão Internacional.

- Como se não bastasse isso, a Bíblia ainda nos diz que, quando Jesus morreu, o véu do templo de Jerusalém, que separava o Santo do Santo dos Santos se rasgou de alto a baixo, numa clara demonstração de que a separação que havia entre Deus e os homens, por causa do pecado, havia cessado(Mt.27:51). A partir de então, o povo não precisaria mais ficar longe do lugar santíssimo no dia da expiação (Lv.16:17), mas pode entrar na presença do Senhor com ousadia, pelo novo e vivo caminho aberto pelo Senhor, por Sua morte (Hb.10:19,20).

- Muitos têm dificuldade em entender estas afirmações bíblicas. Com efeito, dizem eles, se Jesus morreu por todos, então, ou todos serão salvos (que é a idéia defendida pelos chamados “universalistas”), ou há alguma coisa errada, pois muitos continuam a morrer em seus delitos e pecados, o que contrariaria a tese de que o sacrifício de Cristo foi por todos os homens, pois a idéia de que o sacrifício é suficiente e eficaz estaria comprometida com esta realidade de que há, ainda, depois da morte de Cristo, pessoas que morrem sem salvação. Por isso, para estas pessoas, intrigadas com esta circunstância, a expiação de Cristo seria “limitada”, ou seja, Jesus só teria morrido para os “eleitos”, para aqueles que estão “predestinados” à salvação.

- IV- LIÇÕES QUE NOS DÁ A MORTE DE JESUS

1ª lição: que a morte de Jesus nos dá é a de que a salvação do homem é fruto exclusivo do amor de Deus. Deus precisou Se humanizar e morrer em lugar do homem para que o homem pudesse ser purificado dos seus pecados.

2ª lição: que a morte de Jesus nos dá é a de que Jesus morreu por nós como um verdadeiro, necessário e suficiente sacrifício para remoção dos nossos pecados. A morte de Jesus era inevitável e necessária para que tivéssemos o perdão dos nossos pecados.

3ª lição: que a morte de Jesus nos dá é a de que Jesus é o representante da humanidade diante de Deus e só Ele tem este direito, pois só Ele assumiu o lugar do homem para satisfazer a justiça divina. Se o Senhor hoje intercede pelos transgressores à direita de Deus (Is.53:12; Mc.16:19), foi porque bebeu o cálice (Mc.10:38) e Se fez maldição por nós (Gl.3:13).

4ª lição: que a morte de Jesus nos dá é a de que temos de viver como Cristo viveu, ou antes, não mais viver, mas permitir que Cristo viva em nós (Gl.2:20), renunciando a nós mesmos, pois Jesus renunciou a Si mesmo e nos substituiu, assumiu o nosso lugar na cruz do Calvário para nos salvar

5ªlição que a morte de Jesus nos dá é a de que, se devemos imitar a Cristo (I Co.11:1), se somos cristãos, ou seja, parecidos com Cristo (At.11:26), devemos, também, a exemplo dEle, saber que temos cálices a beber, antes que venha alguma exaltação. Neste mundo, teremos aflições (Jo.16:33), temos tão só a certeza de que beberemos o cálice que o Senhor bebeu (Mc.10:38,39).

6ªlição que a morte de Jesus nos dá é a de que, a nossa salvação tem um grande valor, é algo extremamente precioso, mais valioso que o mundo inteiro, pois custou o sangue de Cristo Jesus, do Cordeiro imaculado e incontaminado (I Pe.1:18,19).

7ª lição que a morte de Jesus nos dá é a de que a apostasia, ou seja, o desprezo deliberado e voluntário do sacrifício de Cristo por parte de um salvo é algo que não pode, mesmo, ter perdão. Como escapar se não atentarmos para uma tão grande salvação? Como esperar que alguém que, sendo ciente do valor do sacrifício de Cristo, de novo o crucifique, rejeite-O e o exponha ao vitupério, possa ter novamente oportunidade de salvação (Hb.6:4-8)? Por isso, saibamos quão grave é desprezar a obra redentora do Calvário e, assim, nos mantermos purificados por este sangue, em comunhão uns com os outros, até aquele grande dia (I Jo.1:7-9).

Colaboração Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco.

Prof e Cood. Edson Sousa Rocha

Nenhum comentário: